Trabalhadores na Scania e na Toyota aprovam acordos coletivos

Assembleias são online e propostas buscam garantir saúde, emprego e renda

Os trabalhadores na Scania e na Toyota, em São Bernardo, aprovaram ontem os acordos negociados pelo Sindicato para garantir medidas de prevenção à saúde, emprego e renda neste período de pandemia com o novo coronavírus. As assembleias e votações foram realizadas pelo site do Sindicato.

O presidente do Sindicato, Wagner Santana, o Wagnão, lembrou a negociação anterior feita na Toyota para a suspensão do contrato de trabalho e agora destacou a importância da votação da redução de 25% de jornada para aqueles que precisam continuar trabalhando. 

“O pessoal aprovou a suspensão do contrato como melhor medida para que tenham condições de se cuidar e cuidar da sua família. Agora também negociamos com a direção da fábrica condições de saúde e higiene, com a redução de jornada de 25%, sempre na lógica de garantir salários para todos que precisam continuar trabalhando”.

Na Scania, o coordenador da representação, Regis Guedes, contou que foram várias rodadas de negociação para chegar a um entendimento com a montadora.

Régis Guedes, coordenador do SUR na Scania
Foto: Adonis Guerra/SMABC

“Discutimos o acordo sempre do ponto de vista de preservar a saúde, os empregos e os salários dos trabalhadores neste período mais crítico da pandemia”, afirmou.

“O acordo também dá uma certa tranquilidade pelos próximos meses e no retorno ao trabalho, com a implementação de uma série de protocolos de segurança, que estamos acompanhando nos detalhes, nas fábricas, restaurantes, estacionamento, espaços comuns, tudo que envolve o dia dos trabalhadores”, explicou.

O dirigente ressaltou a importância de as negociações serem sempre coletivas. “Sabemos que o governo e parte do empresariado defendem acordos individuais para fragmentar os trabalhadores e torná-los mais fracos. O papel do Sindicato é de fundamental importância não só na Scania, mas nas empresas da região ao negociar acordos abrangendo a coletividade, que é bandeira do Sindicato”, defendeu.