Trabalhadores na Ugimag e na MTE Thomson fecham acordo de PLR

Na Arteb, primeira parcela de pagamento sai nesta quarta-feira (15). Na autopeças de São Bernardo, a mobilização foi fundamental para a conquista

O movimento dos metalúrgicos do ABC por uma PLR decente continua avançando. Mais dois acordos foram fechados nesta quarta-feira (15). Um deles foi pela companheirada da Ugimag, de Ribeirão Pires, que fez assembleia nesta tarde e garantiu um valor mínimo de pagamento bem superior ao conquistado ano passado, o que significa que, se as metas forem todas cumpridas a PLR será bem maior.

“A atenção dos companheiros sobre a negociação e a atuação da Comissão Negociadora como elo entre a mesa de negociação e o chão de fábrica foram determinantes para fecharmos um acordo melhor que o de 2008”, avaliou Santino Braz de Oliveira, o Dino, do Comitê Sindical.

A primeira parcela sai no dia 20 deste mês e a segunda em 20 de fevereiro. Companheiros e companheiras afastados por acidente ou doença no trabalho e licença maternidade no período de validade do acordo recebem a PLR integralmente.

Quem também embolsará no dia 20 a primeira parcela são os metalúrgicos na MTE Thomson, de São Bernardo. Em assembleia feita pela manhã aprovaram a proposta de acordo. A segunda parcela sai em 20 de janeiro.

Segundo o diretor do Sindicato, Vânio da Silva Guedes, uma vantagem do mesmo acordo foi o grande reajuste do vale refeição.

Primeira parcela na Arteb sai hoje

Os companheiros na Arteb, de São Bernardo, recebem hoje a primeira parcela de uma PLR que só saiu após uma intensa batalha com a fábrica.

“Quando a negociação começou a engatinhar, a empresa colocou na mesa o argumento da crise econômica, impedindo o andamento das conversas”, contou Sebastião Gomes de Lima, o Tião, coordenador do CSE.

Segundo ele, só depois que o ambiente na fábrica esquentou com a mobilização dos trabalhadores, a Arteb começou a se mexer. “As reuniões progrediram até que, finalmente, ela apresentou o valor que queríamos”, prosseguiu Tião.

Ele explica que isso aconteceu porque a companheirada acompanhou passo a passo o que ocorria na mesa de negociação e manteve a luta. “Essa negociação foi importante por mostrar que é preciso mobilização para participarmos efetivamente das negociações e não sentaremos na mesa apenas como ouvintes”, finalizou Tião.

Da Redação