Trabalhadores na VMG saem do Programa de Proteção ao Emprego
Após dois meses de adesão, os trabalhadores na VMG, em Ribeirão Pires, aprovaram a saída do Programa de Proteção ao Emprego, o PPE, devido ao aumento da demanda para fornecer a uma montadora da região.
“É o Programa cumprindo com o seu objetivo de manter os empregos em períodos de baixa da produção. Assim que não foi mais necessária, a medida foi cancelada e os companheiros podem retornar à jornada normal de trabalho”, afirmou o secretário-geral do Sindicato, Wagner Santana, o Wagnão.
“O PPE é fundamental para defender os trabalhadores, encontrar caminhos para sair da crise e retomar o crescimento no País. Isso mostra que o fortalecimento da produção nacional que o Regime Automotivo Inovar-Auto trouxe é essencial para a indústria brasileira”, destacou.
Os trabalhadores na VMG, que produz peças e estampados, aprovaram a adesão ao PPE em assembleia no dia 22 de outubro. A saída do Programa foi aprovada no último dia 14. A duração seria de seis meses, prorrogáveis por mais seis, para os 57 metalúrgicos na fábrica, com redução de 20% na jornada e 10% nos salários, além de estabilidade por oito meses.
“Em negociação com o Sindicato, conseguimos manter a estabilidade por oito meses mesmo com a saída do PPE. A produção aumentou e até existe a perspectiva de contratar novos trabalhadores”, comemorou o coordenador da Regional de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, Marcos Paulo Lourenço, o Marquinhos.
Os trabalhadores na Prensas Schuler, em Diadema, foram os primeiros a sair da redução de jornada e salário. Em setembro, os companheiros aprovaram o acordo de adesão ao PPE e, durante o período de análise do pedido pelo Ministério do Trabalho, a empresa fechou um grande contrato de exportação. Ao todo, são cerca de 25 mil trabalhadores de dez empresas na base que estão com os empregos protegidos pelo PPE.
“Tomara que seja uma luz para as outras empresas da categoria. A saída da VMG mostra que o PPE é muito importante e os trabalhadores reconhecem isso ao terem os empregos garantidos”, concluiu Marquinhos.
A presidenta Dilma Rousseff assinou a Medida Provisória que institui o PPE no dia 6 de julho. O Programa prevê a redução temporária de jornada de trabalho e de salário em até 30%, sendo que o Fundo de Amparo ao Trabalhador, o FAT, complementa a metade dessa redução salarial. O prazo de execução será até 31 de dezembro de 2017. As empresas podem permanecer no PPE por até 24 meses.
Da Redação.