Trabalhadores na ZF Sachs fecham banco contra juros altos
Agência na fábrica em São Bernardo só será reaberta se juros caírem
Entrada do banco fechada. Foto: Divulgação
Nesta quarta-feira (8), os trabalhadores na ZF-Sachs, em São Bernardo, impediram as atividades do Santander, que atende na empresa, em protesto contra as altas taxas de juros cobradas pela instituição.
A agência do banco na empresa é a que conta com o maior número de correntistas em fábricas da base. Porém, os juros no cheque especial são os mais altos, atingindo 9,95% ao mês. Ou seja, as taxas são maiores que as cobradas por agiotas.
No cartão de crédito, o Santander também cobra juros absurdos da companheirada. “Isso tem que acabar!”, afirma Paulo Márcio Nogueira, o Arrepiado, coordenador do CSE na ZF-Sachs.
A decisão de pressionar os bancos privados da base a reduzirem os juros foi aprovada no dia 17 de abril em assembleia da categoria na Sede, com a presença de todos os CSEs.
Desde então, o Comitê na ZF-Sachs tenta negociar com o Santander, que até agora não apresentou qualquer proposta. Diante desse silêncio, o CSE decidiu pelo protesto com a paralisação.
“Os trabalhadores estão conscientes da necessidade desta luta e apoiam a decisão”, destacou Paulo Arrepiado. Ele acrescentou que a agência do Santander ficará fechada até algum representante do banco receber o CSE.
De acordo com o dirigente, a partir de agora o Comitê Nacional dos Trabalhadores na ZF, que atua nas unidades de Sorocaba, Araraquara e Belo Horizonte coordenará as ações para que todas as plantas atuem em conjunto na luta contra os juros altos.
Paulo Arrepiado espera que a ZF continue contribuindo nesse processo de negociação com o Santander.
Da Redação