Trabalhadores nas empresas Etage e Novemp aprovam mobilização para Campanha Salarial
As duas fábricas integram o Grupo 2, bancada patronal que tem histórico de dificultar as negociações
Os trabalhadores e trabalhadoras nas empresas Etage e Novemp, em São Bernardo, seguindo a mobilização da base da FEM-CUT/SP (Federação Estadual dos Metalúrgicos), aprovaram disposição de luta para a Campanha Salarial deste ano. Na Novemp a assembleia foi realizada ontem e na Etage, no último dia 25.
As duas fábricas integram o Grupo 2, bancada patronal que tem histórico de dificultar as negociações. Os Metalúrgicos do ABC estão intensificando as assembleias nas fábricas desse grupo para alertar a companheirada.
Na conversa com os trabalhadores ontem, o coordenador de São Bernardo, Jonas Brito, destacou todo o processo que envolve a Campanha Salarial e reforçou a necessidade de mobilizar o pessoal, principalmente nas empresas onde não há representação.
“Essas assembleias de mobilização são muito importantes, principalmente nessas fábricas onde não temos comitê sindical. São necessárias para informar os trabalhadores sobre o processo de negociação, para que eles entendam que o nosso aumento não vem de maneira fácil. Tudo só vem na base da luta, é tudo fruto de uma negociação, às vezes muito difícil e truculenta com resistência na mesa por parte da empresa. Por isso é necessária a mobilização”.
O dirigente reforçou a necessidade de união e disposição de luta. “As negociações só vão avançar a partir do momento em que tivermos uma base mobilizada, unida, com propósito, se for necessário, de luta, de resistência, para que a gente consiga alcançar um resultado positivo, com aumento salarial digno, renovação da Convenção Coletiva para a manutenção dos nossos direitos”.
Etage
Na Etage, o coordenador de área, Marcelo Pereira dos Santos, ressaltou a dificuldade em negociar com os representantes do G2 e alertou os companheiros e companheiras. “A empresa pertence ao Grupo 2, um grupo muito difícil de negociar que está ameaçando a todo momento mexer nas cláusulas sociais. A companheirada está preparada para um processo de luta, caso a empresa dificulte as negociações”, ressaltou o coordenador de área, Marcelo Pereira dos Santos.