Trabalhadores no Panamá fazem greve geral de 24 horas
Sindicatos exigem a revogação da Lei 30, que diminuiu os direitos trabalhistas no país centro-americano
Após um ano de governo, o presidente do Panamá, Ricardo Martinelli, enfrenta esta terça-feira (13) uma greve geral de 24 horas (renováveis), em todo o país, convocada pelos principais sindicatos que exigem a revogação da Lei 30, que teria diminuído os benefícios trabalhistas, de acordo com os sindicatos. A maioria dos dirigentes sindicais encontra-se escondida ou na clandestinidade.
O presidente da Associação de Professores Independentes Autênticos, Mario Almanza, disse que “a greve é um fato” e que só sairá às ruas quando seus advogados garantirem as condições de segurança necessárias.
Almanza é um dos 17 dirigentes sindicais que foram colocados por autoridades judiciais em uma lista de pessoas que seriam procuradas por apologia ao delito e por atentar contra a personalidade jurídica do Estado.
No entanto, o procurador auxiliar do Panamá, Angel Calderón, informou à imprensa local que decidiu “deixar sem efeito a ordem” contra os sindicalistas. A ministra do Trabalho, Alma Cortez, por sua vez, fez um chamado para que os trabalhadores retornem aos seus postos e negou que o governo esteja realizando uma “perseguição” contra os líderes do movimento.
A greve ocorre dias depois de um conflito entre manifestantes e policiais que deixou dois mortos, segundo informes oficiais. Os trabalhadores, porém, dizem que cinco pessoas já morreram.
No último domingo, o governo panamenho entrou em acordo com sindicalistas do setor bananeiro da província de Bocas del Toro, a 450 quilômetros da capital Cidade do Panamá. Com isso, surgiu a expectativa de que a greve poderia ser suspensa, o que não se concretizou.
Com Ansa Latina e Portal Vermelho