Trabalhadores nos Correios de Belo Horizonte e Pará entram em greve

São Paulo – Dois dos 35 sindicatos de trabalhadores dos Correios em todo o país entraram em greve nesta terã feira (11/9). Eles abrangem as agências da cidade de Belo Horizonte e de todo o estado do Pará. Os demais 33 sindicatos fazem assembleias entre hoje (12) e o dia 25 para deliberar se aderem ou não ao movimento.

Entre as assembleias realizadas na segunda feira (10), os funcionários das agências do Mato Grosso haviam decidido pela paralisação, mas reverteram o parecer e decidiram aguardar as assembleias dos demais estados. As informações são da Federação Nacional dos Trabalhadores de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), que reúne 31 sindicatos da categoria.

Ao todo, 16 sindicatos realizaram assembleias ontem e adiaram a decisão sobre a greve para os dias 18 e 25. Os trabalhadores do Acre já fecharam o dia da decisão para o dia 25, em uma assembléia realizada na última quarta-feira (5). Os funcionários da Bahia e de Uberaba (MG) realizam assembleias, respectivamente, amanhã (12) e quinta (13). Os demais 16 sindicatos se reúnem hoje (11), incluindo os de São Paulo, Bauru (SP), Rio de Janeiro e Tocantins, que não são filiados à federação.

A expectativa da Fentect é que os sindicatos também decidam por adiar a decisão da greve para os dias 18 e 25. A entidade prevê realizar um encontro nacional para elaborar uma pauta única de reivindicações. Ainda não á data prevista.

O comando de negociação reivindica reajuste salarial acima dos 5,2% propostos pela diretoria dos Correios, que corresponde à variação da inflação nos últimos 12 meses. Além disso, os trabalhadores pedem manutenção do plano de saúde nos mesmos moldes dos atuais, políticas de segurança nas agências e piso salarial de R$ 2,5 mil.

A ECT é a maior empregadora no regime da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) do país, com cerca de 115 mil funcionários. “Os Correios continuam abertos ao diálogo e acreditam que tenham oferecido proposta adequada para fechamento do acordo coletivo. No entanto, em caso de paralisação, tomará as medidas cabíveis para garantir a normalidade do atendimento à população brasileira”, disse a empresa, em nota divulgada ontem (10).

Da Rede Brasil Atual