Trabalhadores nos espaços de decisão

O protagonismo do chamado mercado tem influenciado de forma decisiva os rumos do modelo de desenvolvimento no Brasil.

Foto: Adonis Guerra

Posicionando-se como conhecedores daquilo que é melhor para a economia, operadores do sistema financeiro ditam regras que aprofundam o processo de desindustrialização e elevam ainda mais as desigualdades sociais e econômicas no país.

Invariavelmente a receita passa pelo controle dos gastos públicos (mas só para os pobres), aumentos da taxa de juros, redução dos direitos sociais (reforma da Previdência e trabalhista).

A partir desta semana, com a reconstrução e a reunião inaugural do novo CNDI (Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial), os trabalhadores terão a oportunidade de redefinir esse conceito de mercado. O setor produtivo, os trabalhadores e os consumidores passam a ter voz nos centros de decisão do país.

O CNDI está vinculado à Presidência da República e é presidido pelo MDIC (Ministério de Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior). O colegiado é composto por 20 ministérios, além do BNDES, e, entre os 21 conselheiros representantes da sociedade civil, temos a presença de três centrais sindicais (CUT, Força e UGT).

A criação do CNDI é uma oportunidade efetiva de participação dos trabalhadores na definição das políticas estratégicas para o desenvolvimento da indústria nacional. Garantir a promoção do emprego e renda é uma luta inegociável para o conjunto da classe trabalhadora.

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