Trabalhadores se comprometem com a luta em abaixo-assinado contra a reforma da Previdência

Os companheiros nas empresas ZF, Rassini, Usimatic e Arteb, em São Bernardo, e Marcolar, em Ribeirão Pires aderiram ao abaixo-assinado contra a reforma da Previdência lançado pela CUT e demais centrais sindicais. Em assembleia na Marcolar, os trabalhadores votaram a disposição de luta para resistir à proposta do governo Bolsonaro que retira direitos da classe trabalhadora.

A campanha tem acontecido em diversas fábricas da categoria. Na semana passada os CSEs conversaram com o pessoal sobre os absurdos impostos pela PEC 6/2019 e passaram o documento.

Os dirigentes têm reforçado que essa reforma é um retrocesso e cria possibilidades negativas de o trabalhador conseguir se aposentar. Ou seja, trabalhar até morrer sem conseguir ter acesso a sua aposentadoria. Essa é uma discussão que está sendo realizada sem o envolvimento da classe trabalhadora.

O documento, que está sendo assinado por trabalhadores em todo o país, será entregue aos parlamentares no Congresso.

“Já estou na cara do gol. Se essa reforma passar, vai ser complicado. Nadar, nadar e nadar e quando pensa que vai descansar vem essa bomba. Seria um impacto grande para os trabalhadores. Sou contra. Não só por mim, mas meu filho de 21 anos vai pegar o rojão e os netos que vierem piorou”, Adimir Alves Miranda, trabalhador na Preparação, na Rassini, há 24 anos

 “Acho que tem que existir uma reforma da Previdência, mas não somente jogar nos trabalhadores. Tinha que começar essa reforma pela aposentadoria dos políticos. Não tem como trabalhar até os 65 anos e contribuir 40 anos para ter valor integral. Se passar, é trabalhar até a morte”, Fernando Pinheiro de Lima, o Beiçola, trabalhador na Helicoidal, na Rassini, há 16 anos