Trabalhadores temem monopólio

A possível aquisição da Petroquímica Quattor (antiga PQU) pela Brasken levou a Confederação dos Químicos (CNQ-CUT) e a Federação Única dos Petroleiros (FUP) a fazerem um alerta para o risco de monopólio no setor, com a demissão em massa de trabalhadores.

As entidades se mostraram preocupadas com a possibilidade da produção de matérias-primas para a fabricação de resinas plásticas se concentrar numa única corporação. Em nota divulgada na semana passada, a CNQ-CUT e a FUP defenderam o controle e o planejamento estatal no setor petroquímico brasileiro.


Venda da Petroquímica leva risco de monopólio no setor, com riscos de demissões

“Desde o início desta década, a indústria petroquímica nacional atravessa intenso processo de concentração e centralização de capital”, disse o economista Thomas Jensen, do Dieese. As entidades destacam que a nova empresa terá poder de ditar os preços das matérias-primas das mais de oito mil empresas plásticas que estão na terceira geração da cadeia produtiva.

O processo de fusão, segundo elas, deve gerar demissão de trabalhadores nessas empresas, cuja produção interfere nas cadeias produtivas de alimentos, saúde, agricultura, energia e têxtil.