Trabalhadores vão a Paulista por empregos, salários e direitos sociais nesta sexta-feira

A manifestação faz parte da Jornada Nacional Unificada, que acontecerá em todo País e defenderá como eixo prioritário a redução da jornada de trabalho sem redução de salários, o fim das demissões e a defesa de direitos sociais

Mais uma vez, os prédios espelhados do coração financeiro de São Paulo refletirão as bandeiras dos trabalhadores paulistas. Ao lado de parceiros dos movimentos populares, sindical e estudantil, a CUT promove nesta sexta (14) uma passeata que partirá da Praça Osvaldo Cruz, às 11h, e percorrerá toda a Avenida Paulista.

A manifestação faz parte da Jornada Nacional Unificada, que acontecerá em todo País e defenderá como eixo prioritário a redução da jornada de trabalho sem redução de salários, o fim das demissões e a defesa de direitos sociais.

A pauta ampla inclui ainda a exigência da ratificação das convenções 151 (negociação coletiva no serviço público) e 158 (restringe demissão imotivada) da OIT (Organização Internacional do Trabalho), a redução dos juros, o fim do superávit primário, a reforma agrária e urbana, o fim do fator previdenciário, a defesa da Petrobras e das riquezas do pré-sal, melhoria das condições de saúde, educação e moradia, a continuidade da valorização do salário mínimo e a solidariedade internacional aos povos.

“A atual crise financeira fará com que repensemos o modelo capitalista de desenvolvimento. É inadmissível que os bancos tenham recebido somente no último ano dez vezes mais recursos públicos do que todos os países pobres em 50 anos”, critica Adi Lima, presidente da CUT-SP, citando um levantamento recente da Organização das Nações Unidas.

Crescimento x recessão tucana

Durante o ato, a CUT reforçará também outros pontos que julga fundamentais para o desenvolvimento com distribuição de renda, como o investimento público em infra-estrutura – o Estado deve adotar uma postura desenvolvimentista e aplicar recursos em setores como transporte e habitação para gerar emprego e preparar o país para crescer no período pós-crise – e a cobrança de contrapartidas sociais, como manutenção do emprego, para quem recebe dinheiro público.

A Central destacará ainda a necessidade de exigir a responsabilidade de governadores e prefeitos diante da crise. “Não adianta o governo federal acenar com a redução de impostos para eletrodomésticos, aumento de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em programas sociais e no acesso ao crédito por meio dos bancos públicos, se o governador Serra responde com a estagnação do salário do funcionalismo público e a substituição tributária para recolher o ICMS antecipado”, acrescentou Sebastião Cardozo, Secretário Geral da CUT-SP.

Da CUT