Trabalho clandestino

Zé Fernandes ficou em Moscou até julho de 1966, quando voltou para o Brasil com nome falso, entrando pelo sul do País. “Fiquei em São Paulo por um ano. Depois não tive condições de atuar e o partido me mandou para o interior, onde passei a trabalhar na roça em Ibirarema”. Lá, militava junto aos camponeses dando aulas de alfabetização, e fazendo as vezes de veterinário e enfermeiro.

Com a anistia, em 1979, voltou para São Bernardo e foi trabalhar como metalúrgico na Ingepol, no Rudge. Depois de greve vitoriosa por reajuste e melhores condições de trabalho, em 1985, Zé Fernandes foi demitido.

“Foi a última greve que liderei. Logo em seguida me aposentei e hoje estou na AMA – Associação dos Metalúrgicos Aposentados do ABC. Zé Fernandes disse que o golpe militar foi reacionário, entreguista e levou o País a uma situação muito difícil.