Trabalho escravo: Senador e fazendeiro são flagrados

O senador João Ribeiro, do PL de Tocantins, e o fazendeiro Vitalmiro Moura, um dos acusados de mandar assassinar a freira Dorothy Stang, foram incluídos na lista suja do Ministério do Trabalho.

O documento relaciona os nomes de empregadores flagrados por fiscais do Ministério explorando trabalho escravo. Há outras 23 pessoas incluídas na nova relação, que conta agora com 178 nomes.

Na fazenda do senador, no Sul do Pará, foram libertados 35 trabalhadores em condições de escravidão.

Nas terras do fazendeiro, também no Pará, foram flagrados 20 trabalhadores escravizados. O local fica próximo ao lote reivindicado por ele e que Dorothy defendia.

A lista do Ministério do Trabalho impede o acesso dos denunciados a empréstimos de bancos públicos e de algumas instituições privadas. Mais de 80 empresas já se negam a adquirir mercadorias destas fazendas.

Entre as empresas recentemente incluídas na lista estão a Tobasa Bioindustrial de Babaçu, que é fornecedora de grandes indústrias da região Sudeste.

Outra empresa incluída é a Rezil, com sede em Iaras, a 280 quilômetros de São Paulo.