Trabalho escravo: uma posição ideológica
O ong Reporter Brasil
publica, em seu site, as
mentiras mais contadas sobre
trabalho escravo.
É uma relação enumerando
as maiores mentiras
sobre o problema, defendidas
por aqueles que não
querem uma resolução.
A relação foi solicitada
pela Comissão Nacional
para Erradicação do Trabalho
Escravo. Abaixo, citamos
algumas que expressam
a posição ideológica de
quem as defendem:
1. Não existe trabalho
escravo no Brasil.
2. A escravidão foi extinta
em 13 de maio de
1888.
3. Se o problema existe,
é praticado por uma meia
dúzia de fazendeiros.
4. O fazendeiro não sabe
dos fatos que ocorrem
em sua fazenda; portanto,
não pode ser responsabilizado.
5. Esse tipo de relação
de trabalho já faz parte da
cultura da região.
6. Não é possível aplicar
a legislação trabalhista
na região de fronteira agrícola
amazônica, pois geraria
desemprego.
Uma leitura rápida nos
jornais e na internete, nos
últimos meses, é suficiente
para constatar que as
“verdades” acima citadas
caem por terra rapidamente.
A defesa da
não-existência do trabalho
escravo é a defesa
dos grandes latifúndios,
de terras improdutivas, a
defesa dos patrões, a defesa
do capital.
Temos a responsabilidade
de estimular o debate,
esclarecer, provocar
reflexões e ações que
possam desmascarar essas
mentiras e apoiar toda
iniciativa que defenda
o direito de um trabalho
decente. A escravidão do
século 21 resulta da lógica
do capitalismo, amparada
em posições ideológicas
que devem e têm de
ser combatidas.
Em tempo: No dia 12
de junho – Dia Nacional
de Combate ao Trabalho
Infantil – o presidente Lula
assinou um decreto que
regulamenta a Convenção
182, da OIT. A Convenção
182 foi aprovada
pela OIT em 1999 e trata
da proibição e eliminação
das piores formas
de trabalho infanto-juvenil.
Departamento de Formação