Trabalho ganha regulamentação
No início do século 20, os trabalhadores franceses privilegiam a luta pela jornada de oito horas. Assim, a partir de 1906 os operários passam a deixar as fábricas depois da oitava hora de trabalho.
Na França e em outros países europeus, os trabalhadores organizados continuam conquistando melhores condições de trabalho com a proteção ao trabalho infantil e feminino, limitações das jornadas e ampliação dos dias de descanso.
Em 1914, com a Primeira Guerra Mundial, o movimento operário adota posição antimilitarista e em defesa da paz.
Na Rússia, a revolução comunista de 1917 derruba a monarquia e pede o fim da guerra.
Em 1919, ao fim da Primeira Guerra Mundial, os países criam Liga das Nações. Pressionada pelos trabalhadores, a nova entidade cria a OIT – Organização Internacional do Trabalho, que em sua primeira convenção sancionou a jornada de trabalho de oito horas diárias.
No final da Segunda Guerra, em 1949, o movimento operário está em ascenção. Os operários dos países não envolvidos territorialmente na guerra – como Estados Unidos, Austrália e Canadá -, conquistam jornada semanal de 40 horas. A Liga das Nações se transforma na Organização das Nações Unidas (ONU).
Na década de 50, já em tempos de Guerra Fria, que é a disputa entre os países capitalistas e a União Soviética, acontece uma reacomodação das entidades sindicais, resultado das lutas travadas dentro do movimento operário europeu.
As centrais sindicais afinadas com os partidos políticos sob influência da União Soviética continuam filiadas à Federação Sindical Mundial.
Já as tendências operárias afinadas com a social-democracia como a Federação Americana dos Trabalhadores, a Federação Inglesa e a Central Americana lideram movimento de criação da CIOLS – Confederação Internacional das Organizações Sindicais Livres.
Entre os anos 50 e 70, os trabalhadores, principalmente europeus, conseguem a ampliação dos direitos trabalhistas com a adoção do descanso semanal, licença por doença ou maternidade, férias anuais e a diminuição dos anos trabalhados.
Nos anos 90, as grandes corporações, fortalecidas com a globalização econômica, iniciam movimento para avançar sobre as legislações nos países onde têm empresas e precarizar os direitos trabalhistas.