Trabalho, indústria e ‘Fora, Bolsonaro’ estão nos debates do Fórum Social Mundial
A CUT e os Metalúrgicos do ABC participam da programação do Fórum Social Mundial, com foco nos debates sobre luta sindical, futuro da indústria, trabalho decente, impactos da pandemia e pelo ‘Fora, Bolsonaro’.
Em um contraponto ao Fórum Econômico Mundial, o Fórum Social Mundial está na sua 20ª edição e reúne movimentos da sociedade civil organizada de maneira virtual pela primeira vez. A atividade, que teve início dia 23, segue até domingo, 31.
Hoje, na Tenda Sindical Internacional, o debate será “Como sair da crise”, das 9h às 11h, com a participação de sindicatos de vários continentes sobre prioridades e propostas para proteger e estender direitos trabalhistas a toda a classe trabalhadora. Das 15h às 18h, o tema será “Fora, genocida: ação internacional em defesa da vida”, organizado pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.
Amanhã, das 10h às 11h30, o painel tratará de “Transição justa por justiça social e climática”, com a defesa da inclusão da justiça social no debate climático.
A programação e como participar estão disponíveis no site wsf2021.net.
Futuro do trabalho
A CUT-RS organizou a oficina “Futuro do trabalho” no dia 25, que integrou a programação do Fórum Social.
O ex-presidente do Sindicato e presidente do TID-Brasil (Instituto Trabalho, Indústria e Desenvolvimento), Rafael Marques, reforçou a importância de uma indústria nacional forte para gerar empregos de qualidade.
“A desindustrialização no Brasil pode virar tendência. A nossa preocupação como dirigente sindical tem que aumentar quando uma montadora como a Ford decide deixar o mercado brasileiro”, afirmou.
“A cada R$ 1 gerado na indústria, R$ 2,40 são gerados na economia. Enquanto que no setor de serviços R$ 1 promove R$ 1,60 na economia. O comércio depende da indústria. O setor de serviços depende da indústria. Ela movimenta o mercado, gera empregos diretos, indiretos e derivados”, destacou.
Previdência
A CNM/CUT (Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT) promoveu o seminário “Previdência Social pública e da classe trabalhadora” no dia 26, com o ex-ministro da Previdência Social Carlos Gabas e a diretora técnica adjunta do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), Patrícia Pelatieri.
O presidente da Confederação, Paulo Cayres, o Paulão, ressaltou os impactos nefastos do desmonte do Estado.
“Temos o maior sistema de saúde do mundo, o único que tem uma plataforma capaz de vacinar todos. Querem destruir. A Previdência é a maior carteira de benefícios do mundo também. Conquistamos tudo isso e agora querem destruir. Precisamos mobilizar para que possamos refletir sobre tudo isso e como reverter esses ataques”, disse.
Com informações da CUT e da Rede Brasil Atual.