Trabalho no Mundo: Carros elétricos e o emprego alemão
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Empresas do setor automotivo mundial, tanto montadoras como fornecedoras, têm voltado olhares e esforços ao desenvolvimento de carros elétricos, como o futuro da indústria do setor.
As mudanças dos motores a combustão para os elétricos, com metas de implantação já determinadas em vários países do mundo: Reino Unido (2040), França (2040), Alemanha (2030), Índia (2030), Noruega (2025), Suécia (2019), no entanto têm provocado o debate sobre os empregos nesses países.
Durante o Salão do Automóvel de Frankfurt, na Alemanha, realizado no mês passado, o presidente da Associação Europeia de Fornecedores Automotivos, Roberto Vavassori, advertiu que uma corrida precipitada aos carros elétricos entregaria os negócios à China, que, com a Coreia do Sul e o Japão, domina a produção de baterias para tais veículos.
“Produzam baterias ou percam empregos”, afirmou durante o debate que dominou o Salão, sobre a redução de poluentes, com extinção de motores tradicionais.
Os efeitos do carro elé- trico nos empregos na Alemanha, já ultrapassaram as fronteiras do setor automotivo e também atingiram as disputas políticas eleitorais.
Além da criação de diversas estações de recarga, o que pode ter custo elevado, milhões de empregos dependem da produção de motores de combustão interna.
Membro do Partido Verde da Alemanha, Dieter Janecek, que defende o fim dos motores a combustão, por conta da emissão de poluentes que produzem, disputou a reeleição na Baviera, o ‘B’ da fabricante de veículos BMW.
A proibição de motores a combustão a partir de 2030 na Alemanha, afetaria mais de 600 mil empregos, diretos e indiretos, segundo estudo encomendado pela Associação da Indústria Automobilística do país.
Da redação