Trabalho no Mundo: Islândia está próxima de atingir igualdade entre homens e mulheres
Uma lei pioneira aprovada em janeiro deste ano na Islândia determina a igualdade salarial entre homens e mulheres para o desempenho da mesma função. Empresas privadas e agências governamentais com mais de 25 trabalhadores são obrigadas a obter uma certificação oficial das suas políticas de igualdade salarial, sob pena de serem multadas.
O Relatório Anual de Desigualdade de Gênero divulgado pelo Fórum Econômico Mundial mostra que a Islândia está próxima de atingir a igualdade plena entre homens e mulheres. O índice classifica 144 nações com base na participação econômica e oportunidade, acesso à educação, saúde e sobrevivência e empoderamento político.
Além da paridade no mercado de trabalho, na Islândia há direitos iguais em casa e educação pensada para atingir esses níveis. Lá pais e mães têm três meses de licença para cuidar do filho recém-nascido e outros três para serem usados livremente pelo casal. Nas escolas, a disciplina sobre gênero é obrigatória.
A previsão, segundo o estudo divulgado, é de que se demore 100 anos para reduzir a diferença geral de gênero em todos os países do ranking. Avaliando somente o aspecto econômico, só haverá igualdade dentro de 217 anos.
Histórico
A luta por igualdade na Islândia não é de hoje. Ainda em 1850 as mulheres conquistaram os mesmos direitos de herança reservados aos homens. Nessa época também foram incluídas na educação. O direito ao voto e à disputa por cargos políticos vieram no início do século passado.
O grande marco ocorreu no dia 24 de outubro de 1975, quando as islandesas fizeram uma greve geral e tomaram as ruas. Elas paralisaram o país, mais de 90% das cidadãs apoiaram o chamado “dia de folga das mulheres”.
Entre as conquistas, está um sistema de cotas que prevê que a proporção de mulheres e homens em órgãos públicos não seja menor que 40% para ambos os sexos. Isso vale também para as empresas com mais de 50 trabalhadores.
Da redação