Trabalho no Mundo: Seminário na Índia debate fortalecimento do diálogo social e o poder sindical
Foto: Divulgação
Os sindicatos de trabalhadores no setor automotivo indiano reuniram-se em Chennai, capital do Estado de Tamil Nadul, na Índia, de 21 a 23 de setembro para discutir o diálogo social, o trabalho precário, a construção de redes sindicais e a melhoria da saúde e da segurança.
Os representantes sindicais destacaram o espaço limitado para o diálogo social no setor automotivo. A falta de reconhecimento sindical, bem como de confiança e respeito, a segurança no emprego, um espaço limitado para discutir o trabalho precário e a falta de transparência no compartilhamento de informações corporativas que dificultam esse diálogo social efetivo.
Para o secretário-geral da IndustriALL Global Union, federação internacional dos trabalhadores na indústria, e ex-diretor do Sindicato, Valter Sanches, é chocante que os trabalhadores precários sejam a maior parte da força de trabalho nas principais empresas automotivas da Índia.
“Isso tem que mudar. Os trabalhadores enfrentam um enorme desafio para garantir o direito à liberdade de associação e à negociação coletiva”, defendeu o dirigente.
Segundo ele, a IndustriALL acolhe, encoraja e apoia a iniciativa de construir uma estrutura de rede unificada para encaminhar as questões dos trabalhadores em cooperação, unidade e solidariedade.
“Esta é a melhor maneira de lutar contra as empresas que tentam colocar os trabalhadores uns contra os outros”, acrescentou.
Além disso, as mudanças tecnológicas rápidas e a introdução de veículos elétricos no setor de automóveis representam desafios para a segurança e o emprego. “A ação sindical unida é fundamental para defender os direitos dos trabalhadores no setor automotivo indiano”, destacou Sanches.
Participaram representantes de gestão de empresas como Bharat Benz, Ford India, Skoda, BMW e Volkswagen. Sobre a questão do trabalho precário, eles disseram que todos os atores automotivos, incluindo os principais fabricantes, devem chegar à mesa de negociação para encontrar uma posição coletiva para parar o trabalho precário.
Da redação