Trabalho precário aumenta no setor metalúrgico mundial

Pesquisa da Federação Internacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (Fitim) mostra que todas suas filiadas no mundo enfrentam problemas com o trabalho precário.

O trabalho temporário,
casual, inseguro e ocasional
está crescendo no setor
metalúrgico do mundo, de
acordo com uma pesquisa
recente da Federação Internacional
dos Trabalhadores Metalúrgicos (Fitim).

A Fitim
pesquisou em
seus sindicatos
associados,
entre o
ano passado
e este, a incidência
do trabalho
precário
no setor metalúrgico e como
eles estão enfrentando o
problema. A Federação representa
25 milhões de trabalhadores
em 100 países.

Menos direitos – A pesquisa apurou que
90% dos pesquisados disseram
que o trabalho precário
cresceu no setor metalúrgico
nos últimos cinco anos.

Para 66% dos entrevistados,
os trabalhadores
precários são resultado,
entre outros, de contratos
temporários e terceirizações
e recebem uma remuneração
menor que os trabalhadores
permanentes, como
também não
têm garantias
sociais.

A pesquisa também
descobriu que
os sindicatos
metalúrgicos estão se
valendo das
negociações
coletivas para
enfrentar
o problema e se mobilizam
pela proteção dos direitos
dos trabalhadores, em ações
como a campanha Não caia
nessa arapuca. Exija carteira
assinada!
Outra alternativa
apontada pelos sindicatos
para combater as fraudes é sindicalizar
os trabalhadores contratados
de forma precária.

Mais lucro – “O trabalho precário
é destinado a aumentar o
lucro patronal e a sua flexibilidade
serve para transferir
os riscos do negócio para
os trabalhadores”, explica
o secretário-geral da Fitim,
Marcello Malentacchi.

Segundo ele, como demonstra
a pesquisa, trata-se
de um problema crescente
em todos os continentes e
que rebaixa os salários e piora
as condições de trabalho.

A Fitim e suas afiliadas
estarão tratando desse problema
e decidirão sobre uma
estratégia a ser globalmente
coordenada na próxima reunião
do seu Comitê Central,
em novembro deste ano