Trabalho precário: O drama de Claudionor
Ele trabalhava sem carteira assinada. Sofreu um derrame, foi demitido e até agora não recebeu nada.
>> “Ainda não recebi nada”
Afastado do serviço há cinco meses, desde que sofreu um derrame enquanto trabalhava, o soldador Claudionor Francisco Alves (foto) ainda não viu a cor do dinheiro, nem dos direitos trabalhistas. O motivo é que trabalhava sem carteira assinada.
“Só me pagaram os dias trabalhados. Toda vez que volto lá eles dizem que não têm dinheiro”, explica Claudionor.
Ele entrou para a Revescar, em São Bernardo, em abril de 2.000 para garantir a manutenção dos quatro filhos, já que é aposentado e recebe um benefício pequeno.
Depois que passou no teste foi avisado que, a princípio, não teria a carteira assinada, mas que os direitos estariam garantidos.
“Com o tempo descobri que todos os trabalhadores, cerca de 20, também estavam na mesma situação”, disse Claudionor.
O pagamento dos salários era quinzenal, em dinheiro e sem recibo. Depois do derrame, Claudionor iniciou tratamento médico e ainda se recupera.
“Estou fazendo fisioterapia, pois o lado esquerdo do corpo ainda está dormente”, explicou.
A partir daí, da empresa nada recebeu a não ser desculpas.