Três anos após tragédia de Brumadinho, especialistas e moradores temem novos rompimentos

Em 25 de janeiro de 2019 a barragem do Córrego do Feijão, que era gerida pela Vale S.A, rompeu e destruiu a cidade de Brumadinho. No desastre 272 pessoas perderam a vida, e 13 milhões de metros cúbicos de lama destruíram casas, vegetação e animais.

Foto: Divulgação

Associações e comissões organizadas pelos atingidos conseguiram algumas conquistas, entre elas a indenização paga para algumas famílias, a criação de programas de transferência de renda, direito à assessoria técnica, além de outros acordos. Entretanto, os moradores da região ainda se sentem injustiçados pelas consequências do rompimento da barragem.

Fortes Chuvas

O estado de Minas Gerais vem sofrendo com fortes chuvas desde o mês passado, e os moradores estão preocupados com a possibilidade de outras barragens se romperem.

Especialistas avaliam que esse tipo de barragem não é totalmente seguro. Segundo o ambientalista Marcos Polignano a situação de Minas exige atenção. “Com as fortes chuvas que caíram em toda essa região do quadrilátero, onde nós temos, pelo menos, cerca de umas 10 barragens, o risco de rompimento aumentou e não temos nenhuma garantia da estrutura desses barramentos”.

O rompimento da barragem do Córrego do Feijão também deixou um rastro de destruição ambiental, a presença de metais pesados foi constatada nas amostras retiradas dos rejeitos.