Três quartos do mundo estão mais protegidos

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Na Conferência Internacional de Controle do Tabaco, realizada em Berlim, a OMS (Organização Mundial da Saúde) apresentou os resultados de sua atuação ao longo de 18 anos.

O pacote de políticas de prevenção às doenças relacionadas ao tabaco faz parte do programa “WHO MPOWER”, que pode ser traduzido como: monitorar uso e prevenção das políticas do tabaco; proteger pessoas da sua fumaça; ajuda para largar o vício; propaganda sobre os riscos à saúde; banir propagandas e aumento dos impostos.

Desde 2007, ao menos uma dessas medidas foi implementada por 155 países, e apenas quatro adotaram todas: Brasil, Ilhas Maurício, Países Baixos (Holanda) e Turquia.

Este programa, apoiado por instituições filantrópicas e não filantrópicas, reconhece que ainda há muito a ser feito, mas destaca que a medida de melhor resultado foram os avisos gráficos sobre os danos à saúde (como os exibidos nos maços de cigarro), o que fez saltar de nove para 110 o número de países onde esses avisos são obrigatórios.

Segundo o relatório, em 2007 as ações antitabaco protegiam cerca de um bilhão de pessoas. Hoje, esse número chega a 6,1 bilhões. Cerca de 1,3 milhão de pessoas morre por ano em decorrência do fumo passivo.

Atualmente, apenas 79 países implementaram políticas antitabaco em ambientes de trabalho, parques, áreas públicas fechadas, restaurantes e transportes.

No Brasil, desde a década de 1970, surgiram movimentos de controle do tabagismo, liderados por profissionais e associações médicas. Desde 2011, temos o Programa Nacional de Combate ao Fumo, que foi incluído no SUS por meio de portaria do governo Lula, em 2023.

Na página do Programa Nacional de Combate ao Fumo, é possível encontrar o Teste de Fagerström, que serve para avaliar o grau de dependência à nicotina. O tratamento pode ser feito pelo SUS ou por convênios médicos, com base em um programa federal aprovado e desenvolvido pelo Instituto Nacional de Câncer.

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Departamento de Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente