‘Triste Partida’ abre debates da primeira edição de ‘Para não dizer que não falei de música’ na Sede
A canção 'A Triste Partida', de 1964, interpretada por Luiz Gonzaga e composta por Patativa do Assaré, abriu alas na primeira edição da atividade ‘Para não dizer que não falei de música’ no último sábado, dia 9, na Sede do Sindicato.
A canção ‘A Triste Partida’, de 1964, interpretada por Luiz Gonzaga e composta por Patativa do Assaré, abriu alas na primeira edição da atividade ‘Para não dizer que não falei de música’ no último sábado, dia 9, na Sede do Sindicato. Com quase nove minutos de duração, os versos da canção foram parte do debate no qual participantes puderam reproduzir, tanto em arte como em palavras, sentimentos que a letra provoca na vida de cada um.
“Ouvir os convidados contando o que sentiram com a música fez todos se emocionarem”, contou o coordenador do Coletivo de Cultura dos Metalúrgicos do ABC, Márcio Boaro. “Conforme o encontro acontecia, o arte-educador Rodrigo Smul fez um desenho que retrata a essência do que foi ouvido”.
Segundo Boaro, a ideia é essa: “Para cada edição, vamos escolher uma música, um ritmo como base do nosso diálogo, mas deixando sempre a mensagem de que a música transforma, educa e liberta as pessoas. A Engrenagem Cultural tem essa missão, de levar à vida do trabalhador uma porção de cultura, alegria e união”.
Discussão
Para o secretário-geral dos Metalúrgicos do ABC, Claudionor Vieira do Nascimento, a cultura é um caminho que transforma a vida de todos. “A atividade trouxe uma canção que tem muito a ver com a desigualdade, as diferenças regionais, a dificuldade da vida das pessoas, sendo o que restava, muitas vezes, era sair da sua terra natal para ir a outras regiões em busca de uma vida melhor, dignidade, emprego e expectativa de vida”.
“A Engrenagem Cultural sempre terá este espaço para debater, discutir e esta é a primeira de muitas outras atividades que vamos fazer por meio de músicas que marcaram a vida de muitos trabalhadores e da sociedade em geral”.
Triste Partida
A canção é um relato comovente sobre a migração forçada dos nordestinos em busca de melhores condições de vida. Em forma de poesia, a música narra a saga de uma família que enfrenta a seca implacável do sertão nordestino e decide partir para São Paulo, simbolizando a esperança de um futuro melhor.