TRW vai conversar com trabalhadores
Durante reunião com o Sindicato, empresa assume compromisso de ouvir 40 funcionários que receberam carta de demissão, apesar de estarem às vésperas de se aposentar ou ser portador de doença profissional. Na próxima terça (20), a diração dos Metalúrgicos volta a se reunir com os diretores da empresa
As negociações entre Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e a TRW (autopeças de Diadema) resultaram em mais um avanço: a garantia da empresa de que irá ouvir individualmente 40 dos 172 trabalhadores que receberam comunicado de demissão por carta. Esses profissionais ou estão às vésperas de se aposentar ou são portadores de alguma doença de trabalho.
Segundo Sérgio Nobre, presidente do Sindicato, o compromisso foi assumido durante a reunião desta quarta-feira (14) com a direção da TRW. Na próxima terça-feira (20), sindicato e empresa têm novo encontro para avaliarem o resultado da conversa com os funcionários.
Até lá, prosseguem as negociações para todo o grupo de trabalhadores que receberam o comunicado de demissão. O Sindicato luta para que a empresa volte atrás. A TRW, segundo lembra Sérgio Nobre, foi precipitada ao enviar as cartas de demissão, porque interrompeu um processo de negociação com a categoria e não esgotou todos os mecanismos existentes para evitar o desemprego.
PRESSÃO – As conversas com a empresa foram retomadas nesta terça-feira (13), três dias depois de ato realizado em frente à fábrica com a participação de mais de 500 pessoas para protestar contra as demissões.
A primeira conquista dessa nova fase de conversas ocorreu na terça-feira (13) quando a TRW voltou atrás e resolveu manter o plano médico dos trabalhadores que receberam o comunicado de demissão. Os planos haviam sido suspensos.
Para o presidente do Sindicato, as conversas têm garantido resultados positivos para os trabalhadores da TRW porque sinalizam para a construção de um acordo positivo. Ele lembra a importância de mostrar que a categoria e os seus dirigentes seguem solidários e unidos na luta contra o desemprego e para que o trabalhador não venha a ter de pagar a conta da crise.
Da Tribuna Metalúrgica