Tucanagem: Se depender do governo estadual, ETEs fecham
Deputados estaduais denunciaram novo golpe do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Após anunciar que as ETEs (escolas técnicas) seriam uma prioridade em seu mandato, até o último dia 18, a pouco mais de dois meses do final do ano, Alckmin investiu apenas 30% da verba que anunciou para a compra de equipamentos e material para as unidades e só 0,2% do que garantiu que iria gastar em obras e instalações.
Como o dinheiro não foi para as escolas, as ETEs estão cobrando de alunos e de seus pais taxas que variam de R$ 50,00 a R$ 200,00 por semestre e são entregues às APMs (Associações de Pais e Mestres). Essa quantia mantém serviços como a compra de materiais de limpeza e de escritório, além de equipamentos de laboratório.
A ETE Getúlio Vargas, por exemplo, recebe de Alckmin apenas R$ 4.000,00 dos R$ 20.000,00 mensais que necessita para sua manutenção. O restante vem da APM, que paga ainda 12 funcionários. A contribuição também reformou e reequipou os laboratórios de informática e química do colégio por R$ 50 mil.
A situação se repete nas ETEs São Paulo, Conselheiro Antonio Prado (em Campinas) e até no ABC. Na página da escola em São Bernardo, a APM afirma que cobre os gastos que ocorrem sempre no colégio.
Ao todo, o Estado possui 108 ETEs em que 90 mil alunos cursam ou o ensino médio ou o técnico (profissionalizante). Como sempre, Alckmin não informa como está a situação geral ou se faz algo para resolver o problema. É a forma dos tucanos governarem.
Economia paulista tem queda recorde
O IBGE divulgou na última sexta-feira que a economia do Estado de São Paulo diminuiu R$ 5 bilhões, na sua maior queda nos últimos 20 anos. A imprensa escondeu a informação, tornada pública pelo instituto que mediu os resultados obtidos desde 1985, quando iniciou a pesquisa. O resultado demonstra na prática o que significa o PSDB ocupar o governo paulista nos últimos dez anos.
Conhecer o comportamento do PIB (Produto Interno Bruto) é importante porque o indicador mede o tamanho da economia. Formado pela soma da produção de bens e de serviços, o PIB diz que, se a atividade econômica diminuiu, aumentam o desemprego, a pobreza, a criminalidade e todos os demais problemas sociais.
Por isto a notícia é preocupante. Significa que a economia paulista caiu. Para piorar, segundo o IBGE, a queda em São Paulo foi a maior entre todos os Estados desenvolvidos do Brasil.
A economia de São Paulo só piorou com Alckmin no poder, mostrou ainda o instituto, pois a participação do Estado no PIB do País caiu de 33,7% em 2000 para 31,8% em 2003.
Só para comparar, em 1985, a indústria paulista representava 51,6% do PIB. Em 2003, este patamar caiu para 40,4%, o que explica boa parte dos altos índices de desemprego. Este é o governo de Geraldo Alckmin.