Tucanos são blindados também na Assembléia
CPI na Assembléia Legislativa de São Paulo, que investiga a privatização da Eletropaulo, não consegue aprovar requerimento por causa das manobras da base do governo Serra.
Tucanos barram investigação sobre Alstom em CPI
Pela segunda sessão
consecutiva, o governo de
São Paulo conseguiu barrar
na CPI da Eletropaulo, na
Assembléia Legislativa de
São Paulo, a aprovação de
requerimentos de convocação
de ex-diretores da empresa
de energia acusados
de envolvimento no caso
de suposto pagamento de
propina pela Alstom. A CPI
investiga possíveis irregularidades
na privatização da
Eletropaulo.
A manobra aconteceu
na tarde de terça-feira, durante
o depoimento de David
Zylbersztajn, ex-secretário de
Energia do Estado e presidente
do conselho da Eletropaulo
na época em que foram
negociados contratos com a
multinacional Alstom.
Sob o argumento que
esse assunto não é da CPI,
a base governista ainda rejeitou
a solicitação de documentos
sobre contratos
entre a multinacional francesa
do setor de transporte
e energia e a administração
estadual.
Pertinente – O presidente da comissão,
Antonio Mentor
(PT), alegou que é possível
investigar os contratos da
empresa que estão sob suspeita
pelo Ministério Público
por conta de pagamento
de propina. “A CPI pode
investigar, sim, pois a Alstom
forneceu equipamentos
e serviços para a Eletropaulo.
É dinheiro público”,
defendeu.
David Zylbersztajn
ocupou a pasta de 1º de janeiro
de 1995 a 15 de janeiro
de 1998, época em que teria
ocorrido o suborno. Mentor
mostrou relatório de auditoria
enviado à comissão
estadual de desestatização
– a qual Zylbersztajn integrava
– que citava o nome
de duas empresas do grupo
Alstom (ABB e CMW) com
reconhecimento de dívida
com o governo.