Turma de ACM meteu a mão em R$ 110 milhões
O escândalo ocorreu na Bahiatursa, estatal baiana de turismo. Dinheiro teria financiado campanhas do PFL.
Milhares de manifestantes saíram às ruas de Salvador, na semana passada, denunciando os esquemas montados pela Bahiatursa, empresa estatal de turismo, que movimentaram R$ 101 milhões numa conta fantasma durante a gestão do governador Paulo Souto, do PFL.
O protesto também serviu para mostrar a forma autoritária com que o governo baiano conduz as políticas públicas, principalmente na área cultural.
Para o deputado Luíz Alberto (PT), a Bahiatursa é apenas a ponta do iceberg da corrupção do governo baiano.
“A empresa deixou de ser uma instituição do governo para ser utilizada como caixa dois para o PFL da Bahia”, disse ele.
Dos R$ 101 milhões, R$ 48 milhões foram depositados nas contas da Propeg, do publicitário Fernando Barros, ligado ao clã de Antonio Carlos Magalhães.
A conta por onde circulou o dinheiro não está registrada nos órgãos que controlam e fiscalizam os gastos públicos na Bahia, num esquema clássico de caixa dois.