TURNO PÁRA NA MBB. PROTESTOS NA SCANIA

Depois de assembléia, os companheiros do segundo turno na Mercedes-Benz voltaram para casa e a produção ficou parada no período. O pessoal na Scania fez assembléias durante o dia, com paralisações em vários momentos. A mobilização é resposta da categoria contra o descaso dos patrões. Hoje tem mais.

Os 3 mil trabalhadores
dos turnos da tarde na Mercedes
participaram, ontem,
de assembléia na entrada
e depois decidiram voltar
para casas antes mesmo de
entrar na fábrica e ligar as
máquinas.

Durante a assembléia,
os companheiros decidiram
suspender as horas extras
até o final da campanha
salarial.

Isso significa que eles
não vão trabalhar neste final
de semana, dias que haviam
sido negociados como de
produção.

“Não tem sentido a
companheirada trabalhar
além da jornada, com a produção
lá em cima, enquanto
a fábrica não se dispõe a
apresentar uma proposta
decente de acordo”, avisou
Aroaldo da Silva, o Padre
Marcelo, da coordenação do
Comitê Sindical.

Com o movimento
de ontem, deixaram de ser
produzidos entre 100 e 130
caminhões.

Convocação –
Na Scania, ontem também
foi um dia de mobilização
entre os trabalhadores,
que participaram de assembléias
no decorrer do dia.

Pela manhã e à tarde
foram realizados encontros
com os horistas, e na
hora do almoço foi a fez
do pessoal administrativo.
“Estamos mobilizando a
companheirada e convocando
para a assembléia deste
sábado no Sindicato”, disse
Daniel Calazans, coordenador
do Sistema Único de
Representação.

Ele lembrou que a participação
dos trabalhadores
é decisiva para o sucesso da
campanha.

Da mesma forma que
o pessoal na Mercedes, os
companheiros na Scania
também suspenderam a realização
de horas extras.

“Queremos todos na
assembléia de sábado, pois
só unidos e mobilizados
teremos nossas reivindicações
atendidas”, lembrou
Calazans.

Produção na Volks e na Ford
sofre atraso em Taubaté

Os mais de sete mil
trabalhadores na Volkswagen
e na Ford, de Taubaté,
também fizeram paralisações,
ontem, atrasando
em uma hora o início da
produção.

Eles fazem assembléia
geral no domingo
e, como aqui, as greves
podem ter início na semana
que vem caso não
apareça uma proposta
satisfatória.

Segundo o presidente
do Sindicato dos Metalúrgicos
de Taubaté, Isaac
do Carmo, é necessário
mostrar a unidade dos
trabalhadores nesta hora,
para que a bancada
apresente uma proposta
que contemple todos os
companheiros.

Metalúrgicos paranaenses cruzam os braços

Os 8 mil metalúrgicos
na Volkswagen-Audi, na
Nissan e na Renault, na
Grande Curitiba, estão em
greve desde segunda-feira
contra a enrolação das montadoras.

O Sindicato dos Metalúrgicos
da Grande Curitiba
acredita que a tendência é a
paralisação se estender por
tempo indeterminado na assembléia
que fazem hoje.

“Os trabalhadores estão
mobilizados e conscientes
de que o momento
das montadoras é altamente
favorável, com recordes de
produção”, afirma o presidente
do sindicato, Sérgio
Butka.

Volvo – A Volvo, que também
teve a produção paralisada
na última segunda-feira,
apresentou uma proposta
ontem a tarde.

Os trabalhadores voltaram
ao trabalho já na
terça-feira e hoje avaliam a
proposta.