Udinese: Comitê reverte demissão de companheira acidentada
A auxiliar de montagem na Udinese, em Diadema, Luciana Cristina Silva Brito, sofreu acidente no trabalho ao bater o braço direito no vestiário da fábrica.
Além do dano físico, o acidente lhe trouxe outro problema: a perseguição da chefia. Luciana ficou afastada e voltou a trabalhar 14 dias depois. Mesmo com o braço enfaixado e sentindo fortes dores, o médico mandou que voltasse ao trabalho. Após algumas semanas foi demitida, mesmo em tratamento. O chefe do setor de montagem de acessórios alegou que “por causa do acidente ela faltava demais”.
“Foi um comportamento intransigente e irresponsável”, protestou Sandro Randal, o Cabelo, do Comitê Sindical, que reivindicou a imediata reversão da demissão. Cabelo conta que foram 20 dias de negociações e a fábrica insistia em contestar o exame que mostrava a lesão no braço de Luciana.
A Udinese mandou ela repetir os exames por duas vezes e só depois de confirmada a lesão é que a fábrica voltou atrás, respeitou os direitos da companheiros e reabriu a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT).
“O positivo é que, mesmo sofrendo perseguição, Luciana procurou a representação sindical e lutou por seus direitos”, salientou Cabelo. Agora, ela faz tratamento e o Comitê quer que volte a ocupar o mesmo posto de trabalho para não haver qualquer discriminação.
“Temos um bom relacionamento com a empresa, mas episódios assim provam que esse bom relacionamento não se reflete no chão de fábrica, especialmente com algumas chefias”, afirmou Cabelo.