Última chance aos patrões
Os patrões da Fundição, Sindipeças e do Grupo 9 têm esta semana a última oportunidade para apresentar proposta de acordo no mesmo parâmetro ao das montadoras, com reposição da inflação, aumento real e melhoria nas cláusulas sociais.
Hoje o dia é decisivo, já que às 9h tem encontro entre a Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM-CUT) com representantes do Sindipeças. Às 15h o encontro é com o pessoal da Fundição e às 17h tem negociação com o Grupo 9.
Sindipeças
Os trabalhadores já rejeitaram proposta porque exigem várias melhorias no valor do piso salarial e no percentual de aumento real. A oferta foi de inflação e apenas 2% de real. Os patrões do setor já receberam aviso de greve.
Grupo 9
O Grupo 9 frustrou as expectativas na negociação de ontem e não apresentou proposta de acordo. Hoje eles têm uma nova oportunidade. O aviso de greve foi enviado desde a semana passada, quando o grupo reabriu as negociações.
Fundição
Apesar das várias negociações, até agora os representantes da Fundição também resistem em propor acordo com as melhorias que queremos.
Até agora não entraram nas questões econômicas. Se hoje não tiver proposta, essas empresas recebem o aviso de greve.
Grupo 10
Apesar de receber a pauta no início de julho, esse grupo patronal não marcou negociação para tentar manter a data-base em novembro. “Eles que nos aguardem”, avisou o presidente do Sindicato, José Lopez Feijóo.
Assembléia será sexta-feira. Acordo ou greve.
Feijóo repetiu que esta semana é decisiva. “Ou os patrões fazem acordo ou nosso processo de luta vai se intensificar”, avisou ele. As manifestações estão acontecendo diariamente nas fábricas, com assembléias de mobilização e paradas da produção.
Feijóo mandou aviso aos patrões. “Sem acordo, eles que se preparem para as greves a partir de segunda-feira”. A decisão será tomada na assembléia desta sexta-feira, às 18h, na Sede do Sindicato.
Protesto na Sulzer
Durante duas horas, os trabalhadores na Sulzer, em São Bernardo, realizaram ontem manifestação de protesto exigindo que o Grupo 9 apresente proposta de acordo salarial semelhante ao das montadoras.
O ato durou das 6h às 8h e envolveu tanto o pessoal horista como mensalista. A pressão é para que a o Grupo faça acordo com aumento real e reposição da inflação, sem teto salarial e com melhorias das cláusulas sociais.