Um golpe contra a classe trabalhadora

Junto com as liberdades públicas e políticas, os trabalhadores estão entre as primeiras vítimas do golpe militar que instalou uma ditadura militar no Brasil em 31 de março de 1964. Debate e exposição de fotos no Sindicato lembrarão o período de arrocho e repressão.

A organização dos trabalhadores na mira

Completa 45 anos, hoje, o golpe militar que derrubou o presidente João Goulart e instalou uma ditadura no Brasil a partir de abril de 1964.
A maior parte das matérias jornalísticas que lembra a data costuma destacar a violenta restrição das liberdades públicas e políticas que marcaram o movimento.
Nos textos que publica a partir de hoje, a Tribuna Metalúrgica procura mostrar um aspecto pouco lembrado do golpe: os trabalhadores também estão entre as primeiras vítimas da ditadura.
Os militares usaram a violência para esmagar a organização da classe operária e dos camponeses e impor a implantação de uma nova fase do desenvolvimento do capitalismo no Brasil, basea-da na superexploração da mão de obra.
A partir de abril de 1964, a classe operária e os camponeses voltaram a ser tratados como caso de polícia. A intervenção do governo nos sindicatos e a repressão a qualquer manifestação de oposição ao regime eram parte dessa estratégia.


Tanques ocupam ruas no centro do Rio de Janeiro em 1º de abril de 1964. Força da intimidação contra os trabalhadores