Um milhão de metalúrgicos em luta
Nesta quinta-feira, metalúrgicos de todo o País realizam atos em São Paulo para a entrega das pautas de reivindicações aos sindicatos patronais.
Duas manifestações
acontecem hoje na capital
para a entrega da pauta de
reivindicações da campanha
salarial a quatro grupos patronais.
Pela manhã, tem manifestação
na Av. Paulista para
a entrega do documento à
Fiesp e à Abifa – Associação
Brasileira de Fundição.
À tarde, outro ato será
realizado na Av. Indianópolis
para entregar a pauta ao
Sindipeças e ao Sinfavea, o
sindicato das montadoras.
No dia 30 de junho, a
pauta já havia sido entregue
ao Grupo 9 (máquinas
e eletroeletrônicos). Neste
ano, estão à frente da campanha
salarial a Federação
Estadual e a Confederação
Nacional dos Metalúrgicos
da CUT.
Para as manifestações
de hoje estarão presentes
sindicalistas de todo o País,
que representam 80 sindicatos
e cerca de 1 milhão de
metalúrgicos.
Em São Paulo, atenção ao Grupo 10 e aos salários
Na campanha estadual
existe uma pauta especial
com o grupo 10
(serralheria, lâmpadas e
prensas) pois temos de
renovar as cláusulas econômicas
e sociais.
Uma das lutas será a
manutenção da cláusula
que garante estabilidade
aos trabalhadores acidentados
e portadores de doenças
ocupacionais.
Além disso, queremos
mudar a data-base de novembro
para setembro.
Com os outros grupos
a negociação será apenas
das cláusulas econômicas,
que são estas:
reajuste salarial pelo índice total da inflação.
aumento real de salário.
valorização dos pisos salariais.
Fora isso, com o Grupo
9 (máquinas e eletroeletrônicos),
vamos negociar
a mudança de data-base de
agosto para setembro.
O presidente da Federação
Estadual, Valmir
Marques, o Biro-Biro, disse
que o objetivo é firmar
acordo por, pelo menos,
dois anos.
“A economia está estável
e sólida, com reflexos
no aumento da produção e
do faturamento de todos os
setores”, comentou ele.
A Federação tem 13
sindicatos filiados que representam
260 mil metalúrgicos
no Estado.
Campanha nacional quer piso único
A pauta nacional, que
será negociada pela Confederação
dos Metalúrgicos
da CUT, quer um contrato
coletivo de trabalho com
as seguintes reivindicações:
jornada de 40 horas semanais sem redução de salário.
piso nacional de salários.
combate à informalidade e terceirização.
melhoria nas políticas de saúde, segurança e previdência.
limitação de horas extras.
Para o presidente da
Confederação, Carlos Alberto
Grana, os recordes
atingidos pela indústria
mostram que não existe
crise no setor metalúrgico.
“A economia está aquecida
e as empresas estão
contratando e vendendo. É
hora de dividir a fatia desse
bolo com os trabalhadores”,
comentou.