Um momento de reflexão

Há muitas décadas a
mulher vem tendo uma trajetória
de mudanças no seu
modo de agir e pensar, alterando
sensivelmente o caminho
da sociedade. Dentre
tantas mudanças ocorridas,
não há como negar que uma
das mais importantes se deu
no campo do trabalho, onde
o avanço da mulher é notório.

Como em todo dia 8 de
março os meios de comunicação
divulgam dados da atual
situação delas no mercado
de trabalho. Apesar de sabermos
das conquistas como
por exemplo o crescimento
em 8,7% da massa salarial
das metalúrgicas na região,
resultante do aumento de 7%
do nível de emprego no último
ano, as notícias que nos
chegam parecem muito com
as do passado. As mulheres
ainda continuam sofrendo
com o preconceito e o assédio
sexual, ainda recebem
menos que os homens e exercem
menos cargos de chefia.
O caso das metalúrgicas do
ABC não é diferente.

Estudo da nossa Subseção,
com base em dados do
Ministério do Trabalho, as
trabalhadoras ainda são a
minoria da mão-de-obra
metalúrgica no ABC e representam
apenas 12,7%
da categoria. A diferença
na remuneração média é de
25,6%. Sem falar que, em
muitos casos, as mulheres
são o chefe da casa e ainda
sofrem com a dupla jornada.
Tudo isso lhes acarreta danos
e às suas famílias, pois
passam a contar rotineiramente
com uma mulher
cansada e sem condições
de transmitir a qualidade
de relacionamento fundamental
para manter a família
como esteio da sociedade.
E isso é muito ruim!

Muitos estudiosos da
educação afirmam que,
quando se educa um homem,
está se educando
apenas um indivíduo, mas
quando se educa uma mulher,
se educa a família inteira.
Tirar as mulheres dessa
condição é necessário,
se não quisermos enfrentar
conseqüências negativas
para o futuro da sociedade
(já temos observado algumas
delas). Eis um bom momento
para reflexão.

Subseção Dieese do Sindicato