Um pouco mais sobre a redução da jornada

Na próxima quarta-feira, dia 11 de novembro, acontecerá em Brasília a 6ª Marcha da Classe Trabalhadora.

Como já comentamos neste espaço, sua principal bandeira será a redução da jornada de trabalho sem redução dos salários.

Sendo assim, vamos entender um pouquinho mais desse assunto.

Quando surgiu a produção capitalista, o controle do tempo de trabalho passou do produtor direto para o proprietário dos meios de produção. Com a utilização de máquinas, o trabalhador subordinado ao capital passou a ter seu ritmo de trabalho e a sua duração definida pelo empregador.

Nos primórdios do capitalismo, o trabalhador vendia sua força de trabalho por um dia, que durava até o limite de sua resistência física, com uma duração de 14 a 16 horas ou mais.

Luta
As revoltas operárias no século 19 e a organização dos trabalhadores em sindicatos e partidos começaram a gerar regulamentações da jornada de trabalho e sua redução.

Em 1847, os ingleses conquistaram a jornada de 10 horas e, em 1848, os franceses.

O Dia do Trabalhador, 1º de Maio, é comemorado em homenagem a cinco trabalhadores que morreram pela luta dos americanos na redução da jornada para 8 horas, em 1886.

No Brasil, a primeira greve pela redução da jornada de trabalho ocorreu em 1895. A Constituição de 1934 regulamentou a jornada de trabalho de 8 horas diárias e 48 horas semanais.

Em 1943, com a Consolidação das Leis do Trabalho, essa jornada foi regulamentada e foi incluído o limite de duas horas extras de trabalho diárias.

Com a Constituição de 1988, a jornada foi reduzida para 44 horas semanais. A redução de 48 para 44 horas foi uma grande conquista dos trabalhadores obtida com muita luta e organização.
Desta vez não será diferente. Reduzir a jornada para 40 horas é uma continuidade desse processo e na próxima semana podemos ter certeza de que mais um capítulo vitorioso desta história será registrado.

Subseção Dieese