Um saco de problemas
As sacolinhas de plástico, utilizadas para carregar mercadorias, estão atualmente no centro das discussões.
Objeto popular, especialmente por ter sua distribuição gratuita em supermercados e lojas, é largamente usada para acondicionar o lixo doméstico.
O problema é que essas sacolas, nos aterros sanitários, demoram mais de 100 anos para se decompor.
Do lixo enviado aos aterros sanitários, 10% são de sacolas plásticas. Elas são feitas a partir de derivados do petróleo, um recurso não renovável.
Além disso, pelo menos 100 mil aves, baleias, focas e tartarugas morrem a cada ano ao se enredarem nesses sacos ou engoli-los.
Na área urbana, entopem bueiros e causam enchentes em dias de chuva.
Exemplos cidadãos
Em alguns países da Europa já foram tomadas medidas quanto ao assunto. Na Irlanda, desde 2002 o governo cobra um imposto do consumidor por cada saco distribuído, atualmente R$ 0,42.
Na Alemanha, todos os sacos plásticos são pagos pelo consumidor nos supermercados.
Em Bangladesh, a produção, compra e posse de sacos plásticos é expressamente proibida por lei.
Este é um grande problema que tem sido discutido atualmente no Brasil. Em São Paulo, por exemplo, o debate é em torno da troca das sacolas plásticas pelas oxi-biodegradáveis.
O processo de produção é o mesmo, o que diferencia é que as sacolas oxi-biodegradáveis possuem um catalisador a base de sal que acelera sua decomposição, que seria reduzida para 60 dias. Enquanto a discussão continua, uma das melhores alternativas ainda é a redução do uso das sacolinhas plásticas. É uma ótima colaboração que qualquer cidadão pode dar ao meio ambiente.
Subseção Dieese dos Metalúrgicos do ABC