Um terço das empresas têm dificuldades para reunir documentos e podem perder incentivos do Rota 2030

As empresas da cadeia automobilística que aderiram ao programa federal Rota 2030, criado em 2018 com o objetivo de atrair investimentos para o setor automobilístico no Brasil, deverão entregar, até o final de outubro, os documentos que comprovam os aportes em pesquisas e desenvolvimento de tecnologias que tornam os veículos mais seguros e com maior eficiência energética.

A exigência ainda é um gargalo para parte das empresas, que encontram dificuldades em reunir os arquivos e testes que comprovam os avanços. As indústrias que não cumprirem as regras do governo podem perder os incentivos e ter que reembolsar os cofres públicos. De acordo com o sócio da PwC Brasil, Geovani Fagunde, o Rota 2030 é um programa importante tanto para as indústrias da cadeia automobilística, quanto para a economia do Brasil, para a sociedade e o meio ambiente.

Com incentivos tributários, como descontos no Imposto de Renda (IR) e isenção do imposto de importação, por exemplo, as montadoras e a cadeia de fornecedores de auto partes participantes precisam desenvolver pesquisas e tecnologias que tornem os veículos mais seguros e com maior eficiência energética, incluindo tecnologias para carros híbridos e elétricos.

O objetivo do programa é atrair os investimentos para o País, já que a cadeia produtiva do setor é mundial e incentivos para os aportes podem fazer a diferença frente a outros países concorrentes. Com a atração dos investimentos, a economia é estimulada, há atração de mão de obra capacitada e são geradas tecnologias que podem aumentar a segurança e reduzir a emissão de gases poluentes, tornando a produção automobilística mais sustentável e beneficiando o meio ambiente.

Do Diário do Comércio