Uma catástrofe

Apesar de todos os esforços
do governo federal,
a área de desmatamento
na Amazônia quase duplicou
neste último ano. A situação
é crítica e vai exigir
dos nossos governantes
muita coragem política para
enfrentar os grandes grupos
econômicos, com sistemas
de monitoramento em
tempo real para barrar as
ações de tráfico e contrabando
de madeira. São necessárias,
ainda políticas de
desenvolvimento sustentável
capazes de oferecer uma alternativa
real de desenvolvimento
sócio-econômico para
a população daquela região
e uma legislação adequada
e com agilidade judicial para
acabar com a impunidade
daqueles que devastam áreas
de proteção.

Parques nacionais

Este é outro problema
que vem na mesma direção.
Este ano praticamente
todos os parques nacionais
sofreram com queimadas,
resultantes da falta de policiamento
e fiscalização
por insuficiência de funcionários
públicos. Além disso,
a falta de indenização das
terras desapropriadas há
dezenas de anos e a retirada
dos moradores desses parques
não deixa outras alternativas
de subsistência sustentável,
a não ser queimar
áreas de mata para plantar
e fazer pastagens.

Dano é irreparável

É incalculável o dano
econômico e o custo social
dessa devastação. Nos próximos
anos toda a sociedade
sentirá seus custos com
aumentos dos preços a serem
pagos pela água tratada, pela
energia elétrica e por inúmeros
produtos que vão desaparecer
se não tivermos
alternativas já. A madeira
para construção, tijolos e telhas
de barro, são exemplos
típicos de produtos que custarão
muito caro e terão seu
uso inviabilizado. Assim como
a água potável, eles vêm
cada vez de mais longe e já
estão na mira do Ibama a
exploração de olarias, que
além da exploração do barro
nas áreas de matas ciliares
ainda exigem queima de
árvores nos fornos.

É só esperar para ver.

Departamento de Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente