Uma chance para a mudança no IR

Uma luz no fim do túnel

Depois de cinco anos no
cargo, o secretário da Receita
Federal, Jorge Rachid,
deixou o comando da Secretaria
da Receita Federal,
um dos postos mais importantes
do Ministério da
Fazenda. A Receita é responsável
por arrecadar impostos,
por fiscalizar empresas
e pessoas físicas e por
cobrar tributos em atraso.

Jorge Rachid era um
velho conhecido do movimento
sindical por sua resistência
em corrigir os valores
do Imposto de Renda
e em aumentar o número
de alíquotas (hoje só existem
duas: 15% e 27,5%).
O aumento do número de
alíquotas sempre foi defendido
pelo nosso Sindicato,
que possui um estudo
feito pela Subseção Dieese
sobre o tema, mas não pôde
discutí-lo devido a entraves
criados pelo antigo
secretário.

Novo tempo – Sua substituta, Lina
Maria Vieira, é a primeira
mulher a assumir a Receita
Federal e chega ao cargo
com idéias diferentes.
Ela acredita que apenas
duas alíquotas sobrecarregam
demais aqueles que
ganham menos; portanto,
defende a necessidade
de aumentar a progressividade
na tributação
do Imposto de Renda das
pessoas físicas, como forma
de fazer justiça fiscal
no Brasil. De acordo com
ela, é um desejo do Presidente
Lula e uma das
determinações que recebeu
do ministro Mantega:
melhorar a relação do fisco
com a sociedade.

Abatimentos – A proposta da secretária
da Receita Federal
é oportuna e bem-vinda.
Economistas e especialistas
da área estão esperançosos
com a nova abertura
e já pensam em propor
uma negociação e apresentar
propostas de mudança
nas alíquotas do
Imposto de Renda.

A CUT já apresentou
as suas propostas. Também
defendem deduções
mais significativas no
acerto de contas com o
fisco, por exemplo, abatimento
dos dependentes,
gasto com medicamentos,
aluguéis e material escolar.
A hora é essa. Finalmente
parece haver luz no
fim do túnel.

Subseção Dieese