Uma conquista na Makita
Os trabalhadores na Makita, em São Bernardo, aprovaram ontem, por unanimidade, a proposta para acabar com as taxas cobradas pelo Banco Itaú.
A campanha pela tarifa zero na Makita começou junto com a campanha salarial do ano passado. O Comitê Sindical chamou a empresa para negociar e, em seguida, o banco.
A primeira proposta oferecia três meses de isenção de tarifa (de dezembro a fevereiro). No final do prazo voltava a cobrança, com 30% de desconto. Apresentada em assembléia, foi rejeitada e as negociações recomeçaram.
Mesmo assim as taxas foram suspensas. No mês passado voltaram a ser cobradas, com os 30% de abatimento. Mas o retorno da cobrança foi considerado um absurdo. Por isso, em nova assembléia, os companheiros reafirmaram a luta pela tarifa zero, que conquistaram na última sexta-feira.
Quase vinte mensais
Até ontem, os 223 trabalhadores optavam por três tipos de contas que cobravam três faixas de tarifas, R$ 8,00, R$ 10,50 ou R$ 19,50. A maioria escolhia a mais alta por trazer mais serviços. “É o mesmo valor que pago de mensalidade sindical”, disse na assembléia de ontem Paulo Dias, diretor do Sindicato. “Só que o Sindicato me traz um retorno positivo, enquanto o banco não me traz nenhum retorno. Ao contrário, só me traz prejuízo”, completou.
“O pessoal está de parabéns por esta conquista tão importante para nossa categoria”, comentou Cláudio Miranda, coordenador do SUR. “Não podemos esquecer o empenho da Makita nas negociações”, completou.