Uma Copa diferente

Equipes de 24 países participaram do Campeonato Mundial de Futebol de Rua. Os jogos aconteceram de 2 a 8 de julho, na cidade de Berlim, na mesma Alemanha da outra Copa, a que os meios de comunicação de massa conectaram meio mundo.

Embora não tenha sido objeto de interesse por parte da mídia, o Campeonato tem algumas características diferentes e que merecem destaque.

Novas relações

A metodologia que orienta o futebol de rua é, no mínimo, interessante. Cria a possibilidade de atletas, equipes e torcedores estabelecerem relações diferentes das que praticamos e sentimos no futebol convencional.

As equipes são formadas por jovens carentes com cerca de 18 anos. O jogo se desenvolve em três tempos. No primeiro, os atletas das duas equipes conversam e definem regras como: número de participantes, quantos homens e quantas mulheres, o tempo de duração da partida, os critérios de pontuação, inclusive os gols. A partida se dá no segundo tempo. No terceiro, as duas equipes voltam a conversar, avaliam o jogo e definem seu resultado. Compreensão, responsabilidade e solidariedade são alguns dos critérios que podem ser levados em consideração na pontuação.

Não existe o juiz ou árbitro, mas um mediador pode ser solicitado para ajudar na resolução de impasses que surjam durante as partidas. Para o resultado, o menos importante é ganhar. O que importa é o aprendizado e o fortalecimento do esporte com esse novo olhar, praticar e sentir o futebol.

Alguma coisa acontece

Tudo isso pode parecer muito estranho, mas será que não tem alguma coisa a ver com O significado das coisas, escrito nesta coluna no dia 20 de junho passado?

Para conhecer mais sobre futebol de rua e o seu significado, recorra à memória de quem praticou o esporte quando era criança ou passe a praticá-lo.

Departamento de Formação