Uma eleição simbólica

Barack Obama entra para a história dos Estados Unidos como o primeiro presidente negro no país mais racista do mundo.
Apesar de todo simbolismo de sua eleição, ele não supervalorizou o assunto e mostrou como ele deve ser tratado.
“Quando ouço alguém dizendo que é sinal de que chegamos à política pós-racial ou de que já vivemos em uma sociedade sem discriminação, preciso fazer uma ressalva. Dizer que formamos um só povo não sugere que as questões de raça foram superadas,” afirmou em discurso após a eleição.
Mais do que reconhecer a discriminação, ele reafirmou seu compromisso em reduzir a diferença socioeconômica dos negros e latino-americanos em relação aos brancos. “Sugerir que nossa atitude em relação à raça não tem um papel importante nessas disparidades é fechar os olhos para nossa história e experiência, e uma tentativa de nos livrar da responsabilidade de consertar a situação”, disse.
Para ele, pensar a questão da raça exige pensar a nação que os americanos querem.
“Testemunhei uma profunda mudança nas relações raciais ao longo de minha vida. Quando ouço algumas pessoas da comunidade negra negarem ssas mudanças, penso que isso não apenas desonra os que lutaram pelo nosso interesse, mas também nos impede de completar o trabalho que eles começaram. Porém, por mais que insista em que as coisas melhoraram, também sei que melhorar não é o bastante.”