Uma luta de séculos e que avança rumo à igualdade

Nestas páginas, alguns dos episódios mais importantes da luta das mulheres para a conquista da igualdade de oportunidades e respeito aos direitos humanos.

1791 – A Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã, documento público escrito por Olympia de Gouges em meio à Revolução Francesa, é considerado uma das primeiras reivindicações de participação política do movimento feminino.

1827 – No Brasil é aprovada a primeira lei sobre educação das mulheres, permitindo que elas frequentem as escolas de ensino básico. Meio século depois o governo autoriza a entrada de mulheres em cursos superiores.

1857 – No dia 8 de março, greve de tecelãs terminou com o assassinato de 129 mulheres em uma fábrica em Nova Ior-que. Elas reivindicavam a redução da jornada de trabalho de 14 para 10 horas.

1893 – A Nova Zelândia é o primeiro país a aprovar o direito de voto às mulheres.

1910 – Na Dinamarca, durante Conferência de Mulheres,
é aprovada a proposta da criação de um dia de solidariedade e memória à luta das trabalhadoras.

1927 – No Brasil as mulheres votam pela primeira vez por iniciativa do governador do Rio Grande do Norte, Juvenal Lamartine. Elas comparecem às urnas, mas seus votos são anulados pela Comissão de Poderes do Senado.

1932 – Instituído o voto feminino no Brasil.
A nadadora Maria Lenk é a primeira brasileira a participar das Olimpíadas.

1945 – Carta das Nações Unidas reconhece a igualdade entre homens e mulheres.

1947 – Carmem Edwiges Savieto, militante comunista, é eleita a primeira vereadora em Santo André e cassada em seguida por perseguição política.

1949 – A escritora francesa Simone de Beauvoir publica o livro O Segundo Sexo, uma análise inovadora da condição da mulher.

1951 – Aprovada pela OIT (Organização Internacional do Trabalho) a convenção de igualdade de remuneração para homens e mulheres em funções iguais.

1975 – A Organização das Nações Unidas ratifica o 8 de Março como o Dia Internacional da Mulher.

1978 – Ao final da década de 70, as mulheres dos bairros populares, especialmente nas grandes cidades, lideram
dois grandes movimentos sociais no Brasil: o Movimento Contra a Carestia e o Movimento de Luta por Creche.
1º Congresso das Mulheres Metalúrgicas do ABC.
1980 – Encontro feminista em Valinhos (SP) monta centros de auto defesa da mulher e cria a campanha Quem ama não mata.

1981 – Cai veto contra a prática do futebol feminino
no Brasil.

1985 – Surge a primeira delegacia da mulher no País.

1986 – Criada a Comissão Nacional sobre a Mulher Trabalhadora, espaço específico de organização das mulheres na CUT.

1988 – Bancada do Batom conquista direitos importantes na Constituição como igualdade perante a lei e igualdade de direitos e obrigações entre homens e mulheres.
Morre Beth Lobo, militante feminista que inovou na abordagem dos estudos do universo da mulher, principalmente da trabalhadora.

1989 – Luiza Erundina é empossada prefeita de São Paulo, uma das maiores cidades do mundo.

1991 – O 4º Congresso Nacional da CUT aprova resolução pela descriminalização do aborto. Reivindicação faz parte da luta pelos direitos sexuais e reprodutivos.
Sindicato faz primeira plenária da Comissão das Mulheres Metalúrgicas.
Aprovação da política de cotas no PT.

1993 – A 6ª Plenária Nacional da CUT aprova, após mais de dois anos de debates, cota de, no mínimo, 30% de mulheres para os cargos de direção na Central.

1994 – O 6º Congresso Nacional da CUT elege a Coordenação da Comissão Nacional sobre a Mulher Trabalhadora que passa a fazer parte da Direção Executiva Nacional.

1995 – Aprovado, por decreto legislativo, texto da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a Mulher.
A 7ª Plenária Nacional da CUT lança a Campanha Cidadania: Igualdade de Oportunidades na Vida, no Trabalho e no Movimento Sindical.
Esta campanha ampliou a participação e a representação das mulheres na CUT.

2001- Aprovada lei que reconhece que a prática de assédio sexual nas relações de trabalho é crime.

2002 – Lei estende à mãe adotiva o direito à licença maternidade e ao salário-maternidade.

2003 – O 8º Congresso Nacional da CUT aprova a criação da Secretaria Nacional sobre a Mulher Trabalhadora. Com essa decisão, as mulheres passam a integrar a estrutura organizativa da Central com poder de decisão.

2004 – Criada a Secretaria Especial de Políticas para Mulheres do governo federal.

2006 – Promulgada a Lei Maria da Penha, um marco na luta pelo fim da violência contra a mulher. Além de reconhecer a violência doméstica e familiar como violação dos direitos humanos, a lei estabelece medidas para a prevenção, assistência e proteção às mulheres que enfrentam esta situação.