Uma população mais rica: Mais 8 milhões saem da pobreza
Em um ano, mais de oito milhões de pessoas de baixa renda subiram para classes maiores. Esse aumento do poder de compra aconteceu em todas as classes sociais, como resultado de vários fatores, entre eles o aumento do emprego, do salário e do crédito.
A melhoria das condições de vida do povo brasileiro permitiu que, em apenas um ano, mais de 8 milhões de pessoas das classes D e E deixassem a condição de baixa renda e subissem para níveis com maior poder de consumo no Brasil.
Comparando 2006 com o ano anterior, um número de pessoas equivalente a população do Chile migrou para classes de rendas maiores , enquanto 4 milhões deixaram a chamada classe C e foram para camadas superiores de renda. O topo da pirâmide, as classes A e B, recebeu 6 milhões de pessoas.
Esses números são da pesquisa Observador 2007, feita pelo instituto francês Ipsos Public Affairs, que avaliou a renda e os bens da população brasileira.
Já a pesquisa do instituto Latin Panel mostrou que o rendimento médio nas classes D e E, composta por quem ganha até quatro salários mínimos, cresceu 11% de um ano para outro. Na classe C o aumento foi de 8%, enquanto nas classes A e B a expansão do poder de compra foi de 5%.
Mais dinheiro, mais compra
Vários fatores contribuíram para essa mobilidade social, entre eles o aumento dos postos de trabalho, os programas sociais do governo federal, o aumento real dos salários, a inflação controlada e o aumento do crédito.
O ano 2006 foi o ano da virada no poder de compra da população de baixa renda, que passou a ficar com um saldo positivo no final do mês depois de pagar todas as despesas. Antes disso, faltava dinheiro.
O Nordeste, que reúne 25% da população, foi a região que apresentou no ano passado o maior crescimento da renda média familiar, com alta de 38%.
Com mais dinheiro, cresceu nas pessoas a intenção de comprar.
Em 2006, por exemplo, 10% da população mostrou interesse em comprar a casa própria, contra 6% do ano anterior.