Uma vida iluminada
Quando João Pedro chegou da escola sua mãe lhe avisou que havia uma carta para ele. O remetente era de Piauí, de uma comunidade conhecida por Nazaré, localizada no município de Novo Santo Antônio. Lembrou-se que seu primo Raimundo morava lá e que há anos não tinham contato.
O primo lhe contava que sua comunidade foi a primeira no Brasil a ser beneficiada pelo programa federal Luz para Todos. Agora Raimundo e seus irmãos podem fazer a lição de casa sem a luz do lampião. Na praça da cidade há até uma televisão comunitária onde todos se reúnem à noite para assistir a programação. Ele terminava a carta dizendo que finalmente a vida estava iluminada!
João Pedro ficou interessado em saber mais sobre o programa, que seu primo havia mencionado na carta. Enquanto acessava a internet para fazer a pesquisa ficou pensando no conforto de sua casa, com tantos aparelhos elétricos e eletrônicos. Ter energia elétrica em casa era algo tão comum que nunca dera valor a este benefício.
Mais que iluminar
Descobriu que o Luz Para Todos foi criado em novembro de 2003, no início do governo Lula, e que prevê, até 2008, o beneficiamento de energia elétrica para 12 milhões de pessoas, a maior parte no campo. O custo do programa chega a R$ 9,5 bilhões, R$ 6,8 bilhões bancados pelo governo federal. O resto é dividido entre governos estaduais e distribuidoras de energia.
Lendo sobre o programa João Pedro compreendeu o que seu primo quis dizer com “a vida finalmente iluminada”.
A luz não marca apenas a fronteira entre o escuro e o claro, o quente e o frio. Mais do que isso, ela possibilita o aumento de produção e renda no campo, significando uma vida mais digna para todos.
Subseção Dieese do Sindicato