Unisol faz seu segundo congresso

Às vésperas de completar 10 anos, a Unisol Brasil realizará seu 2° Congresso Nacional na segunda e terça-feira da semana que vem, em São Bernardo. São esperados 600 delegados de todo o País, além de delegações da Europa, América Latina e do Norte.
“O número de participantes espelha a representatividade que construímos nessa década de existência”, explica o presidente da instituição, Arildo Mota.
A Unisol é uma espécie de central sindical das co-operativas de trabalhadores e começou a ser desenhada pela diretoria do nosso Sindicato, em 1996, como alternativa à manutenção de trabalho nas fábricas em processo de falência.
Hoje, ela representa cerca de 25 mil trabalhadores de 441 empreendimentos autogestionados, que faturaram R$ 1,2 bilhão no ano passado. Há 10 anos, eram 13 empreendimentos.
“Este salto enorme é devido ao bom momento que atravessa a economia solidária graças às políticas públicas para o setor”, prossegue Arildo, ao comemorar a liberação, pelo BNDES, de uma linha de crédito de R$ 200 milhões para empresas cooperadas, nesta semana.

Temas
Apesar disso, Arildo diz que a economia solidária carece de um marco regulatório que dê segurança jurídica aos empreendimentos.
“Quem nos garante que teremos este tipo de apoio num outro governo?”, indaga. “Precisamos de uma política de Estado permanente para o setor”, completa. Acesso ao crédito e comercialização de produtos são outros gargalos enfrentados.
O congresso vai abordar oito temas: crédito, marco regulatório, formação (técnica e política), comercialização, políticas públicas, tecnologias sociais, redes de cadeias produtivas e relações internacionais.