Uso da pinça é proibido

Apesar de o uso de pinças
nas operações de prensas
de forjamento a frio estar
proibido desde 2004, ele
ainda existe na maioria das
empresas da nossa região.

Pelo acordo de prensas,
assinado há cinco anos,
o uso de pinças só é permitido
nos forjamentos a
quente, quando a temperatura
alcança 800 graus centígrados,
e nas peças com
superfície com tratamento
químico.

Mesmo assim, desde
que sejam adotadas medidas
de proteção que garantam o
distanciamento do trabalhador
das áreas de risco.

Em algumas empresas,
trabalhadores ainda são
pressionados a usar a pinça
como um item de segurança
ou de alimentação nas operações
a frio.

Esse tipo de procedimento,
no entanto, expõe o
trabalhador a alguns riscos.
“Para usar a pinça é preciso
manter as zonas de prensagem
abertas, ou, então, a
máquina não tem a proteção
que deveria ter, expondo os
dedos e a mão do trabalhador
“, alertou Mauro Soares,
diretor do Sindicato.

No caso da prensa repicar,
a pinça, estilhaçada,
pode ferir o operador.

Outro problema é o
peso das pinças, que obriga
o trabalhador a manter o
braço erguido sem nenhum
apoio.

Nas operações a quente,
o recomendável é o operador
usar algum dispositivo
de alívio do peso da pinça
como forma de reduzir a
sobrecarga do trabalho.

Além disso, os acionamentos
do gatilho das
prensas, tanto mecânicos
como magnéticos, são
grandes causadores de
LER/DORT, sendo as
mais comuns as tendinites
de ombro, punhos e
mãos.

Provisório – O uso de pinças só foi
permitido no primeiro acordo
de prensas, assinado em
2003. Mesmo assim, seu uso
era provisório até que fossem
adotadas as medidas de
proteção das máquinas.

“No ano seguinte, na
renovação do acordo, o uso
da pinça foi abolido em definitivo”,
disse Mauro.

Atualmente, o uso de
pinças acontece nas fábricas
que não modernizaram
o processo produtivo e não
investiram nas proteções legais
ou em novas máquinas.
As pinças não são equipamentos
de proteção e seu
uso está proibido para todas
as operações a frio.

“Os trabalhadores e
seus representantes na CIPA
e no Comitê Sindical
devem denunciar essa ilegalidade,
para que o operador
de prensas não seja obrigado
a expor sua saúde ou a
sua vida”, concluiu.