USP: Ocupação da reitoria completa um mês
A reitora da USP,
Suely Vilela, voltou a se
reunir na noite de ontem
com os estudantes para
discutir a desocupação da
reitoria, que completou
32 dias, e o fim da greve
dos estudantes, funcionários
e professores exigindo
reforma nos prédios,
mais moradia, mudança
na previdência estadual e
o fim dos decretos do governador
Serra que retiraram
a autonomia das
universidades estaduais.
Controle –
Durante todo o movimento
na USP o governador
tratou o caso como
se fosse de polícia. Enquanto
o secretário de
Ensino Superior, José
Aristodemo Pinotti, usava
de jogo de palavras
para desmentir a falta de
autonomia das universidades,
ele mandava a tropa
de choque da PM reprimir
as manifestações
dos grevistas.
Mesmo assim, os estudantes
e professores denunciavam
que as manobras
de Serra eram no sentido
de controlar as universidades
por meio de
medidas camufladas e indiretas.
Na quinta-feira, percebendo
que a greve aumentava
nos cursos da
USP e também se alastrava
para a Unicamp e
Unesp, o governador Serra
voltou atrás e reeditou
os decretos que retiravam
a autonomia das universidades.
Eliminado o que
motivou a greve, a reitora
da USP negociava na noite
de ontem as outras reivindicações.
A reitora já havia
atendido algumas delas
como alimentação nos finais
de semana e transporte
interno, mas faltavam
outras como contratação
de professores e
funcionários.