Vai uma … gelada?

Carinhosamente chamada de cervejinha, ela é a principal porta de entrada para a dependência química de milhões de adolescentes no Brasil.

Pesquisa comprova

Um estudo feito pelo ambulatório de tratamento de dependência química da cadeira de psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo aponta que a cerveja é a principal porta de entrada de adolescentes ao alcoolismo e à dependência química de outras drogas como maconha, cocaína, crack e extase.

Uma porcentagem significativa de jovens começou experimentando a bebida entre oito e nove anos de idade e quase a totalidade deles começou bebendo em casa, com o apoio e conhecimento da família.

É bebida alcoólica

Embora muita gente ignore, a cerveja tem graduação alcoólica que varia entre 4,3% GL e 5,5% GL, enquanto as consideradas ligth têm em torno de 3% GL. 

Isso significa que em uma garrafa temos cerca de 35 ml de álcool, o equivalente a mais de uma dose de uísque ou cachaça.

Jovens que bebem apenas uma latinha de cerveja diariamente podem, em pouco tempo, se tornar dependentes químicos. A tendência é, então, aumentar gradativamente a quantidade ou a consumir bebidas mais fortes e daí migrar para outras drogas. 

Propaganda e complacência

Apesar da cerveja ser comprovadamente nociva, principalmente aos jovens, as propagandas que associam o consumo da bebida com a alegria, o sucesso no esporte e na paquera, a inclusão no grupo e a uma suposta qualidade de vida são toleradas pela sociedade.

A própria família acaba sendo complacente, permitindo e aceitando a cerveja como um mal menor e isso é absolutamente falso.

A cerveja está na base da dependência química, da violência e de milhares de mortes de jovens em acidentes de trânsito.

Departamento de Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente