Vale Cultura é direito do trabalhador
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Além do vale transporte e vale refeição, os trabalhadores que ganham até cinco salários mínimos receberão este ano mais um benefício, o Vale Cultura. O projeto, que está em fase de regulamentação em Brasília, deve começar a valer a partir de julho.
Trata-se de um cartão magnético com o valor de R$50 que pode ser usado para pagar entradas em shows, peças teatrais e sessões de cinema ou para comprar livros, revistas e CDs.
O benefício será opcional. O trabalhador interessado vai arcar com o valor de R$5, a ser descontado na folha de pagamento e o restante sairá dos impostos pagos pela empresa.
“Os mais pobres tem que ter condições de comprar livros, CDs e ir a shows, cinema e teatro”, afirmou Moisés Selerges, diretor de Organização do Sindicato. “Esse benefício ajuda a democratizar o acesso a cultura no Brasil”, completou.
Adesão das empresas
O Vale Cultura deve beneficiar 17 milhões de trabalhadores com carteira assinada. Para isso, o governo federal deve disponibilizar R$ 500 milhões em isenção fiscal para as empresas que aderirem ao serviço.
O dirigente avalia que o Vale Cultura é um passo importante, mas ainda há muito a ser feito. “É preciso ampliar o alcance de políticas como essa, garantindo que todos possam, além de assistir, também produzir seus filmes, escrever seus livros e cantar suas músicas”, destacou Moisés.
Para o secretário de políticas públicas do ministério da cultura, Sérgio Mamberti, será necessário uma campanha que mobilize as empresas a incluírem o Vale Cultura entre os benefícios do trabalhador.
“O vale é uma revolução, porque o os preços muitas vezes não são acessíveis”, afirmou Mamberti.
Da Redação